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Produtores rurais investem em drones para monitorar e melhorar a lavoura

By | NOTÍCIAS, Agronegócio | No Comments

Com as imagens aéreas, agrônomos identificam falhas na plantação e a solução vem mais rápido. Com isso, há uma corrida pelo curso de pilotagem.

Produtores rurais investem em drones para aumentar produção no campo

No Centro-Oeste do Brasil, produtores rurais estão investindo em cursos que têm mais a ver com tecnologia do que com agricultura. Mas que ajudam a melhorar e a aumentar a produção.

Imagine ver tudo do alto, sem precisar sair do chão. Foi assim que o Márcio acompanhou cada etapa de crescimento das plantas. Com um drone, ele não tirou os olhos da lavoura.

“A gente faz os voos semanalmente ou mensalmente ou conforme a orientação do coordenador de agricultura”, explicou Márcio Smaniotto, técnico de operações agrícolas.

Com ajuda das imagens aéreas, os agrônomos descobriram falhas, e isso facilitou buscar soluções.

“Isso foi por onde a água correu, que levou a terra embora. Levou a terra, levou nutrientes, plantas”, explica Márcio.

O equipamento voa a uma altura de até cem metros e ajudou a monitorar uma lavoura de algodão que já está na fase de colheita.

Foi a primeira vez que a fazenda usou esse tipo de tecnologia. Um diferencial para a produção, já que todo o algodão vai para o mercado externo.

A produção vai sair da fazenda em Cristalina, Goiás, direto para a indústria têxtil da Ásia. A nova forma de cuidar da lavoura ajudou nos resultados. A safra aumentou 10%, um recorde.

“Hoje, dentro da agricultura, o objetivo é aumentar cada vez mais a produtividade e diminuir custos de produção. Essa ferramenta vem auxiliar a gente a conseguir homogeneizar nossas lavouras, identificar as pragas antes que elas possam trazer prejuízos”, disse Rafael Bellé, coordenador de produção agrícola.

Dominar essa ferramenta de trabalho exige habilidade e isso provocou uma corrida para aprender a pilotagem. Num curso oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, são 24 horas de aulas durante três dias. Pousar no local certo já é motivo de comemoração.

“Tem que saber operar bem porque se não o drone vai embora”.

Mais de 600 pessoas já passaram pelo treinamento.

“Você consegue cobrir uma grande área em um espaço muito reduzido e a um custo muito menor se comparado a técnicas anteriores, como, por exemplo, utilizando aviões e helicópteros”, disse o instrutor do curso José Carlos Monteiro Júnior.

No curso também participaram policiais militares, que fazem o patrulhamento no campo.

“Às vezes o pessoal entrou na mata e a gente usa o drone, faz uma varredura e o drone vai nos orientar para o melhor local que a gente pode estar direcionando as equipes”, afirmou o soldado da PM Daniel Novais Marques.

O Márcio Smaniotto fez o curso e assumiu uma nova função na fazenda. Agora, ajuda a cuidar da área tecnológica.

Agronegócio investe na precisão com veículo aéreo não tripulado

By | Agronegócio, NOTÍCIAS | No Comments

O site FOLHA publicou uma matéria interessante relacionado ao mercado de drones que retrata o novo cenário. Todo o mercado esta se movimentando e o agronegócio não é diferente. Leia na íntegra.

Precisão é a palavra do momento no agronegócio. E a bola da vez é o emprego de veículos aéreos não tripulados para levantamento de áreas de plantio, acompanhamento de safra, localização de áreas de preservação, vigilância e detecção de incêndio, entre outros usos.

A produtora de celulose Eldorado Brasil comprou em 2012 seus primeiros equipamentos para o monitoramento de suas florestas de eucalipto. As imagens fornecidas têm precisão que permite captar detalhes desde o plantio das mudas até o desenvolvimento das árvores.

O trabalho antes realizado em até três dias é feito em oito horas. Cada drone faz dez voos por dia e registra 230 hectares, área equivalente a 280 estádios do Maracanã.

Em 2016, a empresa desenvolveu uma tecnologia para definição de linhas de plantio que torna o processo mais preciso, reduzindo custos e aumentando a produtividade, por meio do uso de drones, GPS e piloto automático.

“Enquanto usualmente a definição da linha de plantio é feita em campo, de forma visual, o drone gera modelos em três dimensões que permitem avaliar o microrrelevo, ajudando no melhor desenho para prevenir erosões”, explica Carlos Justo, gerente de planejamento e controle florestal da Eldorado Brasil.

A Tereos Internacional, do setor sucroenergético, passou a empregar drones em suas plantações de cana em 2013.

Isso permitiu melhor gestão do canavial além do aumento da produtividade e da longevidade da cana.

“Conseguimos verificar se existem linhas potenciais de produção inutilizadas, para então termos a opção de fazer o replantio dessa área. Essa cana plantada novamente é colhida no ano seguinte e, dessa forma, estendemos o ciclo do produto”, diz Jaime Stupiello, diretor da Tereos.

SOJA E CAFÉ
Já a Adama Brasil oferece para as usinas de cana um serviço de captura de imagens de alta definição feitas por drones que identifica falhas de plantio. “O próximo passo é a introdução do uso de drones em larga escala nas culturas de soja e de café”, diz Roberson Marczak, gerente de inovação da empresa.

A Embrapa pesquisa com a Qualcomm e o Instituto de Socioeconomia Solidária o desenvolvimento de tecnologia para vants. Segundo Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação, o desenvolvimento de sistemas de bordo para drones deve proporcionar ampla adesão da tecnologia na indústria agrícola, tornando essas soluções acessíveis aos pequenos, médios e grandes produtores.

FONTE: FOLHA