A empresa Teal entrou no mercado de drones topo de linha recentemente com o Teal One, um quadricóptero compacto, mas que não economiza na velocidade. Baseado num chip Nvidia Jetson TX1, o drone é capaz de alcançar até 96,5km/h e gravar imagens em resolução 4K.
Com um corpo pequeno, o drone deve fazer frente ao DJI Mavic Air, que também traz como principal proposta a portabilidade. A principal diferença é que o Teal One não foi criado por uma gigante do mercado de drones, mas sim por uma startup liderada por um desenvolvedor de apenas 20 anos, o engenheiro George Matus.
O Teal One possui tempo de voo estimado de 15 minutos por carga de bateria e pode ser controlado via smartphone por meio do aplicativo Teal Flight. O drone e o celular se comunicam via Wi-Fi e funcionam dentro de um raio de até 183 metros, com streaming de vídeo ao vivo em 720p.
O pequeno drone vem equipado com uma câmera de 12 MP com abertura f/2.5 e suporte para vídeos em até 4K e 30 frames por segundo na vertical. Ao gravar na horizontal, o dispositivo consegue capturar imagens em resolução 2.5K em 30fps.
De acordo com o criador do drone, George Matus, o objetivo do Teal One não é ser um produto high-end, mas entregar características de um topo de linha num dispositivo portátil e que pode ser modificado facilmente. Fazendo uma analogia com o Raspberry Pi, o site NewAtlas define o produto com o um “brinquedo com tecnologia avançada”.
O Teal One já está disponível para compra lá fora e sai por US$ 1.199 em um kit com duas baterias. Mais informações estão disponíveis no site da fabricante.
DHL Parcelcopter voa 59km de maneira autônoma em testes de “entrega do futuro”
Drone fez 7 viagens autônomas de 40 minutos todos os dias, viajando a 130km/h
O drone DHL Parcelcopter completou com sucesso uma fase de testes onde percorreu 7 vezes por dia um trajeto de 59km na África. A aeronave é descrita pela empresa como o “futuro das entregas” e completou todo o seu itinerário de maneira autônoma.
A versão atual é a 4.0 do drone, que consegue transportar uma carga de até 5,8kg enquanto consegue voar por numa velocidade máxima de até 150km/h com autonomia de 99km.
Apesar disso, se estiver carregando o seu peso máximo, o Parcelcopter tem essa distância de voo reduzida para 45km.
Seus rotores são do tipo que se inclinam, permitindo decolagens e aterrissagens verticais. Quando já estiver no ar, a aeronave ainda consegue se colocar num modo de asas mais fixo, que é mais eficiente em termos de energia.
Nos testes, o drone entregaram remédios para um hospital na Ilha Ukerewe, localizada na parte sudeste de Lago Vitória, na Tanzânia. O Parcelcopter buscava os medicamentos de um armazém na cidade de Mwanza, em Malawi.
No total, o DHL Parcelcopter 4.0 realizou mais de 180 decolagens e aterrissagens, voou um total de 2.199km e passou cerca de 2.000 minutos no ar.
Durante a NYCC 2018, a atriz Sophie Turner contou para a EW que, para evitar que spoilers da última temporada de Game of Thrones vazassem, a produção da série usou uma tecnologia para derrubar drones que chegavam perto das locações das gravações.
Se um drone voasse em cima de um set, eles tinham o “matador de drones”, que bloqueava tudo. Era muito legal. Ele criava uma espécie de campo ao redor do drone e o derrubava. Era algo bem X-Men.
A Suíça emergiu como país líder na pesquisa e desenvolvimento de drones. Os especialistas falam sobre um “Vale do Drone”, localizado entre os Institutos Federais Suíços de Tecnologia em Lausanne e Zurique, que abriga 80 startups do campo. Quais são os fatores que impulsionam esse sucesso? Como evitar o caos nos céus?
“Este é o melhor lugar na Europa para trabalhar com robótica e tornar suas ideias uma realidade”, diz Przemyslaw Kornatowski.
“Nesta área, somos realmente bons; tanto que existem empresas deixando os Estados Unidos para se juntarem a nós aqui no que chamamos de ‘Vale do Drone’”, afirma Maximilian Boosfeld.
Ambos são fundadores e chefes de startups na Suíça. Kornatowski está produzindo um drone cercado por uma gaiola protetora para transportar pequenos pacotes. Boosfeld dirige a Wingtra, empresa de 45 funcionários que em 2017 produziu um drone especializado em cartografia e topografia.
A inovação conquista o mercado
O drone da Wingtra foi desenvolvido como parte de um projeto de pesquisa no Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich). Seu sucesso se deve à combinação da decolagem vertical de um helicóptero ao vôo horizontal de um avião.
“Essas características nos ajudaram a vencer a competição”, explica Boosfeld. “Nosso drone de asa fixa cobre superfícies maiores que um drone quadricóptero, e pode tirar fotos de alta resolução por ser equipado com câmeras muito sofisticadas”.
O drone da Wingtra é usado em todo o mundo, em grandes projetos de infraestrutura ou em minas a céu aberto, para o monitoramento da construção ou escavação a partir do céu.
Já o drone de Kornatowski foi projetado no Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne (EPFL). Atualmente, sua startup Dronistics emprega sete especialistas em robótica.
“A nossa máquina pode ser recolhida e manuseada mesmo durante o vôo, sem risco de danos nas pás do rotor”, explica. A caixa de proteção em fibra de carbono permite ser aberta como um pacote. Depois da entrega – de cartas, medicamentos, material de primeiros socorros, ou ainda comida – o drone faz seu próprio caminho de volta para a base graças a um aplicativo desenvolvido por pesquisadores de Lausanne.
“Após o uso, o PackDrone pode ser dobrado e convenientemente armazenado em uma mochila ou uma gaveta”, acrescenta Przemyslaw. “Nossa ideia teve uma boa acolhida e já temos alguns clientes”.
Três razões para o sucesso
Esta história de sucesso não ocorreu por acaso. De fato, há uma crescente cena de startups no Vale do Drone – região entre a EPFL de Lausanne e o ETH de Zurique. Nos últimos anos, mais de 80 pequenas empresas floresceram ali, gerando 2.500 empregos.
Este desenvolvimento tem sido favorecido por vários aspectos: “A Suíça tem duas boas escolas de robótica; a melhor na Europa, se não no mundo. Uma startup deve reunir as mentes mais inteligentes para transformar uma ideia em um produto de sucesso. Isso pode acontecer neste país”, afirma Boosfeld.
“Aqui existem programas e infraestrutura para incentivar projetos inovadores e apoiar startups – sendo um deles o Innosuisse”, observa Kornatowski.
Graças a um ambiente legislativo pragmático, que dá liberdade aos pesquisadores, a Suíça é agora líder em tecnologia de drones. “O governo federal pretende manter o papel pioneiro e quer ver esse setor crescer ainda mais. Para qualquer um que atue na área, isso significa poder trabalhar com um governo de mente aberta que conhece as necessidades de pesquisa e desenvolvimento, evitando o incômodo da burocracia”, diz o CEO da Wingtra.
A palavra “drone” ainda não é usada na legislação suíça. Os dispositivos sem piloto são classificados como “modelo de aeronave”, embora possam fazer muito mais do que voar. Atualmente, o Escritório Federal de Aviação Civil está trabalhando em uma grande revisão dos regulamentos existentes.
Espaço para compartilhar e administrar
Nesse meio tempo, a autoridade federal de aviação também desenvolveu um novo método para avaliar os riscos ligados ao uso de drones, chamado de “avaliação de risco de operações específicas” (SORA). Este é um processo analítico que tem sido estudado no mundo todo. O serviço também se destina a criar um registro destes equipamentos, permitindo que seus proprietários sejam localizados em caso de necessidade. Cada usuário precisaria registrar sua máquina, que deve ser equipada com um sistema técnico que contenha a identificação do operador. Isso tornaria possível encontrar e impedir qualquer pessoa de participar de atividades ilegais como, por exemplo, violações de privacidade.
Os drones estão ocupando cada vez mais espaço no céu. Na Suíça, 22.000 destas máquinas estão sendo vendidas anualmente e existem cerca de 100.000 delas em operação.
“Há espaço suficiente para todos – pássaros, helicópteros, aviões, paraquedistas – mas precisamos encontrar uma estratégia para que coexistam”, afirma Boosfeld.
Em resposta a este desafio, a Global UTM Association, uma organização não-governamental de Lausanne, criou um sistema para gerenciar o tráfego de drones em nível nacional. O sistema é análogo à Skyguide, que gerencia todas as operações de vôos civis e militares na Suíça. O nome dessa infraestrutura digital para controlar os drones no ar é U-Space, cuja principal tarefa será regulamentar o tráfego nos céus em áreas densamente povoadas ou perto de aeroportos. Este é um projeto pioneiro para a Europa e está sendo desenvolvido no Vale do Drone na Suíça.
Transporte de amostras de laboratório
Desde março de 2017, a unidade dos Correios de Lugano oferece o primeiro serviço do mundo de transporte independente por drones de amostras para testes laboratoriais. O quadricóptero voa a uma velocidade média de 36 quilômetros por hora (22mph) entre os hospitais públicos italianos e locais. Em caso de falha durante o vôo, um paraquedas é liberado automaticamente.
Após os primeiros ensaios em Lugano, o transporte por drones passou por dez dias de testes entre a cidade de Tiefenau e os Hospitais da Universidade de Berna, no início de junho de 2018.
Em Zurique, por outro lado, um experimento com o transporte de amostras de sangue entre a Clínica Hirslanden e o laboratório central cantonal foi interrompido após apenas um dia de operação. Moradores perto da área de pouso protestaram contra o barulho excessivo dos drones.
Cientistas da Universidade de Bristol criaram um sistema de sensores inspirado em “ovos de dragão”. Os “ovos” abrem e analisam todo o ambiente vulcânico assim que é detetado algum tremor.
Subir de mochila às costas um vulcão que mostra sinais de atividade para largar sensores numa cratera é, no mínimo, uma árdua e perigosa tarefa. E, por essa razão, cientistas britânicos criaram uma maneira de evitar a presença de humanos nesta missão.
Os “ovos de dragão” são pequenas caixas autónomas repletas de sensores inteligentesque podem ser largados bem no centro do vulcão, através do controlo à distância de um quadcopter – um drone composto por 4 rotores.
Caso o vulcão não esteja prestes a entrar em erupção, cada caixa permanece no modo suspenso (stand-by), semelhante ao modo disponível em qualquer computador, consumindo níveis de energia muito baixos.
O comunicado da Universidade de Bristol reivindica para estes “ovos de dragão” o título de “menor consumo de energia em stand-by do mundo”, podendo ficar operacionais porlargos mesescom uma só carga de bateria.
Os sensores acoplados nos aparelhos despertam e o “ovo” abre assim que é detetado o mais pequeno tremor vulcânico, iniciando o protocolo de registo de valores de temperatura, humidade, frequência e intensidade de vibrações, sendo ainda capazes de analisar a presença de vários gases tóxicos.
Drone e os ovos de dragão que serão utilizados para analisar vulcões
Os “ovos de dragão” podem ainda trabalhar isoladamente ou em conjunto num sistema interligado em rede e os dados recolhidos pelos sensores podem ser transmitidos em tempo real para uma estação localizada num raio de 10 km do vulcão onde os “ovos de dragão” operam.
Depois de os dados chegarem a essa estação podem ser retransmitidos por satélite para centros de investigação de todo o mundo, onde poderão ser usados em estudos geológicos ou para fornecer alertas sobre erupções iminentes.
“Esta é a primeira vez que um sistema autónomo que usa tecnologia de escuta de zero energia foi implementado neste tipo de ambiente hostil”, afirmou Yannick Verbelen, investigador associado do departamento de física da Universidade de Bristol.
O grande desafio pela frente desta tecnologia é a otimização do design para atender a diferentes critérios e situações.
Os “ovos de dragão” terão de ser leves o suficiente para o drone os suportar, terão de ser capazes de aguentar condições extremas, e ainda extremamente eficientes no consumo de energia visto que, dentro de um vulcão, a sua manutenção é impossível.
Mas desengane-se quem pense que estes “ovos de dragão” têm apenas a função de vigiar vulcões. As capacidades demonstradas por estes dispositivos fazem deles mais valiascapazes de ser utilizados noutros âmbitos: em glaciares, falhas geológicas, locais de armazenamento de lixo nuclear e outros locais que demonstrem algum tipo de perigo.
A tecnologia desenvolvida já foi testada no vulcão Stromboli, em Itália, e os resultados positivos permitiram à tecnologia começar a ser desenvolvida com propósitos comerciais.
O drone é capaz de atingir velocidade de 68Km por hora, funcionando a um raio de até 80 Km.
A DJI disponibilizou recentemente ao mercado dois novos drones Mavic que possuem como destaque principal o tipo de captura que conseguem realizar. Como principal problema enfrentado pelas fabricantes de drones é em relação a bateria empresa, já que, no geral, os aparelhos voadores não conseguem entregar uma hora completa de voo.
A novidade da vez é que uma empresa californiana conseguiu dobrar a autonomia de um de seus modelos de drone. A novidade surgiu de Spencer Gore, que é detentor da Impossible Aerospace.
Startup cria drone com autonomia de bateria surpreendente.
A empresa acabou repensando no modelo de drone tradicional. Conforme Gore, o design surgiu de inspiração dos produtos da Tesla, em que ele já trabalhou na parte de desenvolvimento das baterias dos modelos Model X e Model 3.
O aparelho em questão não possui suas células de energia na região central, e sim aparecem expostas em todo o corpo, o que ajuda a equilibrar o peso total, que chaga a um total de 7,1 Kg.
Gore diz que o drone é capaz de atingir velocidade de 68Km por hora, funcionando a um raio de até 80 Km.
O valor final do produto é de US$ 7,5 mil (R$ 31 mil) no modelo sem câmera. O preço sobe para US$ 10 mil (R$ 41 mil). Para o consumidor doméstico os drones ainda não estão disponíveis.